Gestão do tempo
A Tirania do Urgente
Reproduzido de Tyranny of the Urgent, de Charles E. Hummel
Já desejou, por acaso, que o dia tivesse 36 horas? Certamente esse tempo extra aliviaria a pressão tremenda sob a qual vivemos hoje em dia. Pense bem as quantidades de tarefas inacabadas que terminaríamos num dia mais comprido: correspondência atrasada, amigos por visitar, livros ainda não lidos, artigos para o jornal não escritos. Poderíamos, até usar essas horas extras para ganhar um pouco mais de dinheiro que nos ajudaria a pagar as despesas da vida quotidiana. Será que as tais horas extras resolveriam o nosso problema? Ou estaríamos tão frustrados com um dia de 36 horas como o somos com dias de 24 horas? Quando paramos e meditamos profundamente compreendemos que o nosso dilema é muito mais profundo do que uma simples questão de tempo limitado, é basicamente uma questão de prioridades.
Não é a falta de tempo, nem o trabalho árduo que desgasta as nossas forças. Todos nós já experimentados trabalhar horas a fio, totalmente entregues a um projecto importante. O cansaço resultante dessa actividade é completamente recompensado pela alegria proveniente de um empreendimento bem sucedido. Não é o trabalho laborioso, mas sim, a dúvida e a indecisão que produzem a ansiedade e daí sentimo-nos deprimidos pela soma de tarefas não realizadas do mês ou do ano que se passou. Aos poucos, vamos percebendo que deixamos de fazer o que realmente era importante.
Vivemos numa tensão constante entre o urgente e o importante. O problema está em que o importante pode ser prorrogado até amanhã. Porém, as tarefas urgentes exigem uma acção imediata.
O princípio de parar um pouco a fim de fazer uma avaliação é reconhecido como uma estratégia sábia pelo empresário moderno. Quando o Sr. Grenwalt era presidente da Companhia Du Pont disse: Um minuto gasto em planeamento poupa três ou quatro na execução. Muitos homens de negócios têm revolucionado os seus negócios e multiplicado os seus lucros