Educação para transformação social
20853 palavras
84 páginas
A Bolsa amarela Lygia Bojunga Nunes Editora AGIR Rio de Janeiro 1993 Vigésima segunda edição Coleção "4 Ventos" Nota da contracapa: Lygia Bojunga Nunes tem colecionado, ao longo dos anos, todos os prêmios nacionais de literatura infanto-juvenil. Em 1982 foi agraciada com a medalha Hans Christian Andersen, considerada o Nobel dos escritores para a infância e juventude de todo o mundo, concedida pela IBBY International Board on Books for Young People), com sede na Suiça. Seus textos são originais, sensíveis, profundos e universais. Sua linguagem é clara e ao mesmo tempo rica. Vamos então à leitura, megulhar nos personagens, vivenciar este universo. Final da nota. Nota da orelha do livro Depois de Os Colegas e Angélica, cujas histórias giram em torno de inesquecíveis animais, Lygia Bojunga Nunes reaparece junto ao público infanto-juvenil com A bolsa Amarela: romance de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela) - a vontade de crescer, a de ser garoto, e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação - por si mesma uma contestação à estrutura familiar tradicional em cujo meio "criança não tem vontade"essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias. Ao tecer a própria história - a real e a sonhada - a menina vai contrapondo à constelação familiar de pais, irmãos e primos, os seres que ela inventa e que adquirem vida própria: os fabulosos galos Afonso e Terrível (vítimas de abusos da autoridade), um guarda-chuvamulher, um alfinete de fralda, etc. Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo à afirmação como pessoa. Final da Nota.
A Bolsa amarela
Para Peter
l. AS VONTADES
-- Página 11
Eu tenho que achar um lugar pra esconder as minhas vontades. Não digo vontade magra, pequenininha,