Educação, não importa a distância!
RICARDO SANTOS LIMA - REVISTA BAHIA INDÚSTRIA
Vivemos em um país de dimensões continentais, rico pela diversidade cultural, mas pobre pelo abismo que divide as oportunidades de capacitação e trabalho. Alguns têm mais acesso a Educação de qualidade e às demandas das empresas por profissionais capacitados, outros não têm sequer acesso à formação necessária para concorrer ao seletivo mercado das grandes cidades ou, nem mesmo, para melhorar sua condição social no local onde vivem. Inquestionavelmente, é necessária uma ação visando democratizar a Educação no país.
Dentro desse contexto, o avanço das tecnologias da informação e comunicação e das metodologias educacionais traz uma alternativa, pois possibilita levar Educação de qualidade a qualquer local do país, por meio da Educação a Distância (EaD). Tomando a graduação a distância como exemplo, dados do final de 2007 do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira demonstram que entre 2003 e 2006 houve um incremento de 571% na oferta de graduação a distância e um aumento de 1867% no número dos alunos inscritos. Entretanto, apesar de avanços perceptíveis, ainda existem barreiras, mitos, paradigmas que precisam ser quebrados para que a contribuição da EaD seja ainda mais significativa para a sociedade.
O primeiro paradigma que deve ser reconstruído é próprio entendimento do conceito de EaD, que remete a algo exclusivo, ou seja, o antônimo, o inverso do ensino presencial, dando margem a questionamentos relativos à parte prática e à avaliação. Esse é um grande equívoco! A EaD não deve ser tratada como substituto exclusivo do ensino presencial, mas sim como uma alternativa de flexibilização de horário e local para os alunos. A EaD pode ser adotada em partes específicas de um curso técnico presencial, como também, podem existir aulas práticas e avaliações presenciais em cursos a distância. Essas questões devem ser debatidas no planejamento