Educação no contexto da globalização
Prof. Elian Alabi Lucci
(autor de livros didáticos)
A globalização econômica é um processo que ocorre em ondas, com avanços e retrocessos separados por intervalos que podem durar séculos.
Para um certo número de estudiosos, a primeira onda globalizante se deu por ocasião da ascensão do Império Romano. Enquanto os gregos se dedicavam à filosofia em suas cidades-estados e ilhas, os romanos articulavam seu sistema legal, difundiam o uso da moeda e protegiam o comércio contra as investidas dos piratas. Com a queda do Império Romano, acabou ocorrendo uma feudalização política e comercial, pondo fim ao primeiro movimento de globalização.
A segunda globalização se deu nos séculos XIV e XV, com o ingresso do mundo ocidental na era dos grandes descobrimentos marítimos. Mas o grande surto do comércio internacional, com a abertura comercial para o Oriente, foi freqüentemente interrompido por guerras religiosas e dinásticas das monarquias européias. Foi nesse período que, pela primeira vez, se falou verdadeiramente em globalização da economia. Segundo Schumpeter (History of Economic Analysis, 1954, p. 85), isso coube ao Arcebispo de Florença, S. Antonino (1439), que na sua Suma Teológica, em que tratava de ética e economia, propôs uma economia moderna concebida globalmente e cujo objetivo mais importante era, sem dúvida, promover a justiça social. No tocante à propriedade, Antonino diz que o destino universal dos bens é um direito natural e, portanto, inalienável a que todos temos direito.
"Schumpeter ha escrito sobre Antonino de Florencia que ‘probablemente se trate del primer autor que debamos una aproximación global a la economia en sus distintos aspectos esenciales’. Es este, sin duda, un gran homenaje para un dominico que se convertiría en arzobispo de Florencia y escribiria una Suma Teológica de la que ha podido un auténtico tratado de economia de factura asombrosamente moderna." LAUBIER, Patrick de. Hacia la