Educação infantil, campo em estudo
Muitas modificações e considerações foram feitas acerca da Educação Infantil no decorrer do tempo, apenas no final do século XVII, a infância é considerada como etapa, as crianças passam a ser vistas como detentoras de modos característicos de pensar, ver e sentir. Existia duas concepções simultâneas e contraditórias: uma considerava a criança ingênua, inocente e pura, traduzindo-se em ações de “paparicações”, e a outra a considerava como um ser imperfeito incompleto, com necessidade de lições morais. Com base nestas duas interpretações que se completariam surge a Escola Infantil com a função de preparar as crianças através da disciplina e do repasse de saberes técnicos para atuarem futuramente. Com a Revolução Industrial, século XVIII, surge uma nova maneira de compreender o significado da infância, haja vista que, a família passa a ser estruturada de novas maneiras. Surge a presença da mulher no campo de trabalho industrial que consequentemente faz surgir a necessidade de se ter alguém para “cuidar” dos filhos das então operárias, a partir disso são criadas as primeiras instituições de ensino infantil. Reportando ao Brasil, Kramer (2003) pontua que as primeiras instituições de Ensino Infantil só surgiram no final do século XIX. O atendimento era bipolar, de caráter assistencialista, oferecido por instituições filantrópicas ou públicas, com profissionais preocupadas com cuidados com a saúde, a higiene e a nutrição das crianças. De outro lado, os institutos particulares ofereciam um atendimento educacional que objetivava a preparação para a escolarização. O Estado, nesse contexto, mantinha o olhar do amparo e da assistência, assim como se fazia presente nas constituições federais. Atualmente, o cuidar e educar são vistos com algo inseparável,não se concebe o cuidado separadamente do educar, são práticas que se completam e que juntamente como o caráter lúdico refletem a essência da criança, na sua