Educação física
Gilbert Durand (1993) Capitulo IV: Os níveis do sentido e a convergência das hermenêuticas.
Quanto ao estudo do símbolo, o autor chama a atenção para uma rejeição aos “métodos puramente redutores” (p.73) que ficam em “águas rasas” não dando conta da profundidade e das possíveis polissemias presentes no universo simbólico. Era preciso também compreender o elo entre a ciência e a poesia e ir além de Bachelar. Para isso o autor apresenta uma teoria geral do imaginário fruto de aproximadamente 15 anos de estudos no campo do simbólico que deu origem a sua obra as estruturas antropológicas do imaginário. O autor apresenta um resumo que concebe essa teoria como “uma função geral de equilíbrio antropológico” (p.74). E em seguida apresenta os “níveis formadores das imagens simbólicas, estas ultimas formando-se e informando-se em todos os sectores e em todos os ambientes da actividade humana” (p.74). Por fim o autor aborda a generalização estática e dinâmica de uma virtude de imaginação, que além de conduzir a uma metodologia, implica em uma convergência metodológica na qual Durand vai chamar de “convergência das hermenêuticas”. Alguns resultados dessas investigações divergem de estudos clássicos presentes em Cassirer, e no dualismo de Bachelard, que separa o pensamento humano em dois pólos: o consciente racional e o subconsciente do imaginário. Durand argumenta que existe uma integração de toda a psique “no seio de uma única actividade” (p.75), e que pode ser expressa pelo símbolo particularmente ou a partir de trocas com o imaginário, vindo a estabelecer parâmetros racionais dentro dos grupos. O autor enfatiza que não há um abismo entre o racional e o imaginário, pois o pensar humano é integrado as funções simbólicas presentes na imaginação que se apresenta como um fator geral de equilíbrio psicossocial. A partir de um olhar antropológico o autor entende o imaginário como um dinamismo equilibrante em tensão entre duas forças dicotômicas