Educação física
INTRODUÇÃO PROMOÇÃO EM SAÚDE E SAÚDE PÚBLICA Nas últimas duas décadas, muitas têm sido as discussões sobre os novos paradigmas da Saúde Pública. De acordo com o grande filósofo KUHN (1997), paradigmas são as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência. CANDEIAS (1998), argumenta que o campo da Saúde Pública está atravessando uma fase de mudança de paradigmas. As evidências que podem corroborar esta afirmação estão centralizadas no fenômeno da transição epidemiológica ocorrido no século XIX em países desenvolvidos. Com esta transição, o modelo epidemiológico tradicional, originário de um discurso centralizado nas doenças infecto-contagiosas envolvendo agente, hospedeiro e ambiente, começou a ser substituído por um novo modelo epidemiológico, denominado como conceito de campo de saúde, envolvendo ambiente, estilo de vida, biologia humana e sistema de organização de cuidados (DEVER, 1988). Evidências indicam que este fenômeno tenha ocorrido, principalmente, em virtude da transição demográfica, juntamente com o processo de industrialização, melhores condições de saneamento básico, alimentação, trabalho e educação, resultando numa melhor qualidade de vida e diminuição da mortalidade (KALACHE et al., 1987; DEVER, 1988). Analisando-se a transição epidemiológica em países em desenvolvimento como o Brasil, observa-se que a migração de pessoas das zonas rurais para as zonas urbanas aconteceu em um curto espaço de tempo. Atualmente, o Brasil possui uma população essencialmente urbana, com hábitos de vida sedentários, o que, na maioria das vezes, torna-se uma