Educação física e semiótica
“Parece-nos que os estudos na Educação Física, mesmo os da área sociocultural, têm-se debruçado sobre os códigos (o esporte, a dança, as lutas etc.), Sob esse aspecto, a perspectiva semiótica em que nos apoiamos pode levar a outras questões” p.34
“Betti (1994, p. 33) estabeleceu algumas relações iniciais entre a semiótica peirceana e o ensino da Educação Física, sugerindo a necessidade de investigar os signos presentes no ensino desta disciplina que possibilitam ao professor ensinar algo ao aluno [...]”p.34
“O fluxo de signos pode se dar hibridamente, quer dizer, associando/encadeando signos verbais, gestuais, táteis, musicais etc. Um estímulo inicial, que pode ser um sentimento, um som, uma cor, uma imagem, uma palavra etc., permite ao aluno, a partir de seu repertório, construir inúmeras relações interpretantes/interpretativas, geradoras de um novo signo[...]”p.35
“Como afirma Pignatari (1979), a semiótica peirceana possibilita estabelecer ligações entre códigos diferentes, entre linguagens diversas; permite ainda “ler” o mundo não-verbal (um quadro, uma dança, um filme) e ensina a “ler” o mundo verbal em ligação com o mundo não-verbal” p.36
“Diante disso, podemos compreender melhor a proposição pedagógica que toma a cultura corporal de movimento como objeto da Educação Física, para a qual é necessário, conforme Bracht (1999), avançar do fazer corporal para um saber sobre o movimentar-se do ser humano, o qual deve ser transmitido aos alunos [...]”p.37
“O processo contínuo de associações sígnicas constitui o trânsito entre as três categorias que ocorre permanentemente e não se exaure quando chega ao movimentar-se nas formas propostas pelos códigos [...]” p.37
O entendimento que adquirimos com a análise desse artigo nos leva a valorizar a possibilidade de resgatar a identidade da expressão corporal tendo como caráter primordial as relações comunicativas.
No decorrer do tempo o percurso da educação física foi da junção do cuidado com a