Educação especial numa perspectiva de educação inclusiva no município de macaé
BREVE RETROSPECTIVA HISTÓRICA
O processo de inclusão enquanto fenômeno universal resulta de transformação de paradigmas filosóficos que embasam ações políticas, sociais, econômicas, étnicas e religiosas. Movimentos universais, de meio ambiente com a visão de sustentabilidade e culturais com o enfoque da diversidade, dão sustentação ao processo de inclusão das pessoas com diferenças estruturais por desenvolver sensibilidade humana e social. As dinâmicas das relações humanas são determinadas por grupos hegemônicos que de tempos em tempos elegem um conjunto de valores que acabam por servir de modelo ideal na estética corporal, no comportamento, nas buscas profissionais, religiosas e outras. Essas ações embricadas pulverizam atos do cotidiano e, também, grandes acontecimentos sociais, ora conflituosos ora fraternos. Esses últimos ocorrem na ânsia de equilíbrio e restabelecimento de energia para continuidade do convívio com as diferenças, ainda tão complexo. Historicamente, fatos delineiam o processo de inclusão, bem como, posturas. Vivemos num momento em que diversas manifestações se apresentam: ora num caráter segregador, “caridoso”, integrador ora inclusivo com vistas à prática de oportunidades iguais a todos independente de condições pessoais.
Na Política Nacional de Educação Especial numa perspectiva de Educação Inclusiva, o Ministério da Educação traça um histórico da Educação Especial num panorama universal com datas, fatos marcantes e tendências filosóficas. Considerando as peculiaridades do município de Macaé, este pode ser ali visualizado.
A história de Macaé, com o poder mantido por mais de 30 anos por um mesmo núcleo político, enraizou posturas para a manutenção do status quo e até crenças em lendas como a de Mota Coqueiro, possivelmente, deram em alguma dimensão, um contorno na auto-estima do município marcado por raras e dispersas iniciativas culturais e de movimentos