Educação Digital: Avanço ou Modismo?
EDUCAÇÃO DIGITAL: AVANÇO OU MODISMO?
Luís Otávio Viana Cândido
Poços de Caldas
2013
Luís Otávio Viana Cândido
EDUCAÇÃO DIGITAL: AVANÇO OU MODISMO?
Poços de Caldas
2013
EDUCAÇÃO DIGITAL: AVANÇO OU MODISMO? Há muito se discute, no campo da educação, o uso de novas tecnologias em sala de aula. Recentemente, o Ministério da Educação investiu cerca de R$ 150 milhões na compra de 600.000 tablets a serem distribuídos aos professores do ensino médio de escolas públicas federais, estaduais e municipais – os aparelhos pertencerão à escola e serão “emprestados” aos educadores. Esta ação é parte do projeto “Educação Digital – Política para computadores interativos e tablets”, que pretende equipar as escolas com as novas tecnologias supostamente para melhorar o processo de ensino e aprendizagem. A justificativa do Ministério é que a escola deve acompanhar a evolução do mundo rumo a uma “sociedade do conhecimento”. A implantação dos tablets certamente pode trazer vantagens, tanto econômicas quanto pedagógicas. Economicamente, esta implantação pode, por exemplo, estimular todo o setor produtivo tecnológico e contribuir para aumentar a inclusão digital, além de diminuir os custos do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Quanto à prática docente, os tablets podem dar ao professor mais recursos para melhorar o ensino e a relação com os alunos, atenuar barreiras como o pouco tempo prático das aulas e permitir um diálogo em tempo real com outras fontes de conhecimento, como sites especializados e blogs. O investimento, portanto, é bem-vindo, mas ao se considerar atentamente a situação atual do Brasil no quesito educação, cabe a pergunta: seria este o melhor momento para tal ação? Não é novidade a precariedade do sistema educacional brasileiro,