Educação de jovens e adultos
Paulo Freire (1921-1997), na década de 1960, teve papel fundamental na educação por dar início a um novo paradigma para a educação de jovens e adultos. Ele afirma que o processo de educação não pode estar desvinculado da realidade vivenciada pelo adulto, o qual, apesar de não alfabetizado, ou com baixo nível de escolarização, é um sujeito, que tem sua identidade profissional, sua formação cultural e ética. O método freireano enfatiza a importância de a educação auxiliar o adulto em seu protagonismo social. Na história das políticas públicas brasileiras, há momentos de expansão e recuo no incentivo a esta modalidade de educação. O marco inicial está localizado em 1947, com a criação da Campanha da Educação de Adultos promovida pelo Governo Federal. Em 1964, poderíamos dizer que a política interna vivenciou um momento de ápice com a indicação de Paulo Freire para a coordenação do Programa Nacional de Alfabetização. Após curto período, antes da implantação desta proposta pelo governo, o Golpe Militar colocou fim a esta iniciativa. O MOBRAL foi o programa de governo para educação de jovens e adultos que se manteve por mais tempo em execução, de 1971 e 1985. O ganho foi à expansão desta modalidade de ensino para todo o território nacional, ampliando, assim, a oportunidade de acesso à escolarização para este segmento. A perda vem do esvaziamento de uma proposta de educação engajada com a emancipação do homem, com uma participação social ativa. Contemporâneas ao MOBRAL, outras iniciativas mantidas por igrejas,