Educação brasileira
Quase todas as grandes idéias da economia podem ser encontradas em Adam Smith. No caso, a primeira menção escrita de que a educação é como uma ferramenta que expande a produtividade do trabalhador vem da Riqueza das Nações. Contudo, o tema feneceu na literatura subseqüente. Marshall revive o assunto por breve período. Mas é somente na década de 60 que a idéia de educação como um Capital Humano toma corpo e as pesquisas empíricas se multiplicam. O prêmio Nobel de Theodore Schultz dá a ele o status de patrono da teoria do Capital Humano. Gary Becker ganha também um Nobel por trabalhos na área.
Entre 1999 e 2005, os gastos com o ensino superior privado cresceram de 8,8 para 15 bilhões de Reais. Ou seja, cresceu de 76 % em termos nominais.
Tanto o setor público como o privado requerem uma presença do Estado para o seu bom funcionamento. Mas, necessitam de uma presença inteligente e com traços comuns, mas distinta para cada setor e apoiada na melhor experiência acumulada no passado - aqui e em outras partes.
Dentro de todas as políticas requeridas para promover o desenvolvimento brasileiro, clama por atenção a situação dos técnicos e tecnólogos. Nos Estados Unidos, em cinqüenta anos, a proporção de posições na força de trabalho requerendo formação superior de quatro anos permaneceu mais ou menos constante, em 20%. Em contraste, a necessidade de posições técnicas de nível pós-secundário passou de 15% para 65%. Não surpreende que, de cada três entrando em cursos pós-secundários, apenas um esteja matriculado em cursos de quatro anos.
Já no Brasil, a proporção dos que estão em tecnólogos e seqüenciais não atinge 10% da matrícula total no superior. Podemos dizer que não existe