Educadora social
3. A Investigação-acção como metodologia
Arménio Martins Fernandes
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Projecto SER MAIS – Educação para a Sexualidade Online
“A Investigação-acção é um excelente guia para orientar as práticas educativas, com o objectivo de melhorar o ensino e os ambientes de aprendizagem na sala de aula.” R. Arends
3.1 Algumas notas sobre a Investigação-acção
A investigação em geral caracteriza-se por utilizar os conceitos, as teorias, a linguagem, as técnicas e os instrumentos com a finalidade de dar resposta aos problemas e interrogações que se levantam nos mais diversos âmbitos de trabalho. No campo da investigação sócio-educativa encontramos uma grande variedade de metodologias das quais destacamos a Investigação-Acção (Lewin, 1977; Pérez Serrano, 1990); Investigação Participativa (Quintana, 1986; Ander-Egg, 1990); e a Investigação Colaborativa/Cooperativa (Corey, 1982; Lieberman, 1986) como sendo as que mais interesse despertam na actualidade (Quintas, 1998). Debruçar-nos-emos um pouco sobre a metodologia da Investigação-acção, por ser a metodologia de investigação que se enquadra, no nosso entender, e pelas suas características, no desenvolvimento deste Projecto. A Investigação-acção considera o "processo de investigação em espiral", interactivo e focado num problema. Luiza Cortesão e Stephen Stoer defendem que “o professor, através da metodologia de investigação- acção, pode produzir dois tipos de conhecimento científico: um que se baseia no professor como investigador e outro que se baseia no desenvolvimento de dispositivos pedagógicos (o professor como educador). A formação deste professor, simultaneamente investigador e educador, realiza-se através da concretização do que denominamos a interface da educação intelectual. O desenvolvimento desta interface torna possível a gestão da diversidade pelo professor. Esta diversidade, presente quer na escola, quer na sala de aula mais especificamente, pode