O livro a meta
Livro|Anos 70: Trajetórias|
Título|Contraculura: O outro lado da modernização autoritária.|
Cidade|São Paulo|Editora|Iluminuras|Ano|2005|Pg.|39-46|
|Edição||Ano or.|1A|
Autor|Cláudio Novaes Pinto Coelho|Organizadores/Pensadores||
Tema||
Sub-tema (500 a 1000 caracteres, com espaços)||
Palavras-chave||
Citação: |Contra-Cultura, Hippie, Esquerda, Anos 60, Ditadura|
Resumo:
A contracultura no Brasil foi um movimento social que procurou romper com a modernização de nossa sociedade imposta autoritariamente pela ditadura militar. O estado era visto pelos militares como a encarnação da racionalidade, cabendo as suas instituições as missões de organizar e controlar todas as dimensões da vida social., com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico. Nesse raciocínio, o Estado é o princial ator da vida social.
Enquanto o movimento armado (como o MR-8) lutava contra os aparatos de repressão estatais, a contracultura combatia o que considerava a base do autoritarismo: a racionalização da vida social. Dessa maneira, a contracultura flertava com a subjetividade (em oposição a objetividade e racionalidade), a loucura e a marginalidade (grupos que já estavam acostumados a transitar por ambientes não convencionais).
Defende-se no texto que o flerte com a loucura é fruto da redução da racionalidade à racionalização autoritária. Isto é, a adoção da loucura no movimento surge como o caminho alternativo encontrado para jovens que encontravam-se sufocados por dois sistemas de lógica racionalizante, e que buscavam uma nova forma de pensar o mundo.
Contudo, aonta-se justamente esse flerte em excesso com a loucura como um dos motivos do movimento ter fracassado. Tanto o racionalismo, quanto o anti-intelectualismo exacerbados trabalham com noções de indivíduos que excluem o seu caráter de sujeito social. Se de um lado temos um estado que cerceia todos os detalhes da vida social, de outro temos um indivíduo voltado apenas para sua