Editorial
“Reconhecimento da prostituição como profissão regulamentada”
Pagando bem, que mal que tem?
Será que devemos mesmo reconhecer como trabalhadores os que lucram com a venda do corpo? Como todos nós sabemos, a prostituição é uma das, se não for a mais antiga profissão do mundo. Ela é citada até em registros bíblicos, com a famosa história de Maria Madalena. Anos, séculos, milênios se passam e até hoje a profissão é criminalizada, mal vista e as pessoas que trabalham na área não tem nem a mínima proteção da Justiça. Mas por quê?
Primeiramente, é necessário esclarecer uma coisa: o ato de se prostituir não é crime. O que configura crime é a manutenção de prostíbulos, incitação á prostituição, exploração e tráfico humano. Então se a pessoa quiser ser prostituta ela pode.
Atualmente este assunto vem gerando muita discussão, mas quais são os motivos para legalizar?
As pessoas que trabalham nesse meio contribuem para o enriquecimento nacional assim como qualquer outro trabalhador. Porém todos tem seus direitos, deveres, todos tem proteção governamental, e as prostitutas? Você por acaso já viu o “Código de Defesa á Prostituta”? Eu nunca vi... elas/eles geram renda para o país mas não tem sua profissão regulamentada como as outras. Além da falta de segurança judicial. Quando um operário se acidenta numa fábrica, ele recebe no mínimo uma indenização. E se uma prostituta contrai alguma doença durante o período de trabalho? E se uma prostituta sofre um golpe? E se dão um “calote” nela? Não existe na nossa legislação alguma coisa que proteja diretamente os trabalhadores dessa área.
Existe uma pressão social muito grande em cima disso tudo. Os políticos que querem apoiar a prostituição como profissão regulamentada são inibidos pelo peso cultural que a profissão carrega.
O primeiro passo para que haja uma regulamentação da profissão é a aceitação social. De nada adianta reconhecer como profissão se a sociedade vai condenar as pessoas que trabalham na área. O que