Editorial
Situando-nos ao contexto que caracteriza os gêneros veiculados pelo universo jornalístico, ressaltamos uma característica que lhes é peculiar – a objetividade. Embora um repórter, estando diante do exercício de suas funções, prima-se por se manter o mais imparcial possível, é inegável que ele, assim como qualquer outro ser, seja dotado de pensamentos e opiniões próprias.
Diante de tal ocorrência, os veículos de comunicação, ora representados pelos jornais impressos e revistas, optam por estabelecerem delimitações entre a notícia e o editorial.Tais delimitações referem-se aos aspectos que se divergem em ambos os gêneros, uma vez que este retrata um discurso voltado para a argumentação, ressaltando a opinião coletiva dos integrantes do jornal, e aquele tem por objetivo apenas informar ao leitor/expectador acerca dos fatos inerentes a um determinado acontecimento. Daí a imparcialidade, isentando-se de quaisquer traços de pessoalidade por parte do emissor (no caso, o profissional atuante).
As referidas elucidações nos fazem concluir que o editorial se caracteriza por representar um gênero textual que expressa a opinião de um jornal ou revista em relação a um determinado assunto – aspecto que revela sua finalidade persuasiva. Pelo fato de se atribuir a uma opinião coletiva, a autoria não é identificada. Notadamente, em virtude da heterogeneidade de posicionamentos.
No que tange ao discurso apresentado, esse costuma se apoiar em fatos polêmicos ligados ao cotidiano social. E quando falamos em discurso, logo nos atemos à questão da linguagem que, mesmo em se tratando de impressões pessoais, o predomínio do padrão formal, fazendo com que prevaleça o emprego da 3ª pessoa do singular, ocupa lugar de