Edificios
12, jun.2011. http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.133/3947. Acessado em: 15/jul./2013.
Arranha-céus: evolução e materialidade na urbanização mundial
Carlos Cassemiro Casaril, Ricardo Luiz Töws e Cesar Miranda Mendes
Introdução
O trabalho é componente de detalhada assimilação para o desenvolvimento de uma dissertação de mestrado em Geografia que tem como temática a verticalização urbana, juntamente com discussões da temática realizadas por meio do GEUR –
Grupo
de
Estudos
Urbanos.
Metodologicamente,
foi dividido em dois referenciais: O Referencial Teórico-metodológico e o Referencial Empírico. O primeiro teve ênfase principal na aquisição dos dados e resultados teóricos aqui abordados. O segundo, devido à análise ser em escala mundial, ateve-se somente para a aquisição de dados via sistema mundial de computadores.
A discussão que se segue tem como foco o processo de verticalização que, segundo Souza, “é o resultado da multiplicação do solo urbano (...) a resultante no espaço produzido de uma estratégia entre múltiplas formas do capital – fundiário, imobiliário e financeiro que cria o espaço urbano” (1).
A verticalização se apresenta como um processo de construção onde são criados novos solos, que se encontram sobrepostos, dispostos em andares sob a forma de um edifício. Esta configuração permite uma maior extração de lucro do solo, pois dessa forma é possível construir muito mais habitações ou salas comerciais em um espaço relativamente pequeno. Dessa forma é viabilizada a extração de um lucro ainda maior da terra. Configura-se dessa forma como “um processo intensivo de reprodução do solo urbano, oriundo de sua apropriação e produção de diferentes formas de Capital, principalmente consubstanciado na forma de habitação como é o caso do Brasil" (2). Nesse contexto a