ED. SEXUAL NA/ E DA ED. INFANTIL
Considerando que as experiências sócio-afetivas-sexuais que visualizamos e vivenciamos desde que nascemos são fundamentais no desenvolvimento e na forma como iremos estabelecer nossas relações afetivo-sexuais na fase adulta, por serem um processo de construção que não se dá separadamente, mas continuamente, faz-se necessário a compreensão de como se dá a sexualidade desde a infância para que possamos enriquecer estas experiências e contribuir para uma vivência saudável e qualitativa da sexualidade.
Nesta fase a criança tem a boca como fonte de prazer, sugar o seio da mãe, os dedos, a chupeta, se alimentar. O seio é o primeiro objeto de ligação afetiva infantil e constitui, inicialmente, parte do objeto de desejo, sendo a mãe o objeto total. Neste momento, a libido está organizada em torno da zona oral. Nesta fase, a necessidade e prazer concentram-se predominantemente em torno dos lábios, língua e, posteriormente, nos dentes. Esta pulsão não é social ou interpessoal, mas é uma necessidade de alimentar-se para satisfazer a fome e sede, reduzindo uma tensão. No entanto, neste momento em que a criança recebe o alimento, recebe também, o afago, o toque, o carinho, o conforto, é aninhada, acalentada no colo da mãe. Mesmo inconscientemente a criança associa prazer e redução da tensão ao processo de alimentação. A boca se caracteriza então como a primeira área do corpo onde o bebê concentra sua libido, e que o bebê pode controlar. Conforme a criança vai crescendo, e outras áreas do corpo vão se desenvolvendo, estas também passam a ser importantes regiões de prazer e satisfação. Embora a boca não seja mais o foco de gratificação, os prazeres orais podem normalmente ser mantidos: comer, chupar, morder, lamber ou beijar são expressões físicas prazerosas que as pessoas continuam a manter satisfação.
Importante dizer que, algumas pessoas acabam mantendo o foco de prazer na boca, ou seja, o prazer oral neste