ed fisica
A exigência dos outros e de nós mesmos sobre nossa performance em todos os aspectos da vida, desde o profissional, social, sentimental até o físico, implica em rotinas cada vez mais duras associada à rigidez nos treinos e na dieta (nem sempre adequada para o ritmo de vida e das atividades físicas), para gerar uma imagem mais próxima ao do ser humano perfeito. Isso propicia ao aparecimento de uma doença que tornou-se uma verdadeira epidemia em academias e outros meios desportivos no século XXI: o overtraining.
Overtraining trata-se simplificadamente de uma fadiga generalizada devido ao excesso de treinamento sem o devido descanso e possivelmente associado a alimentação insuficiente e/ou de má qualidade.
Mas, do ponto de vista médico, por que acontece? Como posso saber se tenho isso? Como identificar? Qual o melhor tratamento? O que fazer para prevenir?
O corpo humano apresenta uma série de respostas hormonais e sinalizações toda vez que o corpo se exercita, descansa e quando come.
Mecanismos compensatórios ocorrem em diversos níveis celulares em praticamente todos os tecidos durante o repouso e a alimentação adequada. Quanto mais exaustivo, intenso e prolongado for um treino, maior será a demanda por reparar todo o processo inflamatório e de degradação que houve durante o exercício. O corpo apresenta diversas formas de adaptação, criando formas de otimizar a recuperação, permitindo ao organismo praticar atividades cada vez mais intensas com menor necessidade de recuperação. Porém, como tudo nesta vida, existe um limite.
As causas fisiológicas e metabólicas:
- Elevação do nível do cortisol (hormônio que quebra o tecido muscular para forma energia);
- Déficit proteico;
- O catabolismo (reações de quebra de moléculas para produzir energia) supera o anabolismo (reações de síntese de substâncias);
- Estresse no sistema nervoso central provocando distúrbios hormonais
- Tempo insuficiente para reparar os micro-traumas no músculo esquelético