economia
A economia brasileira em 2006 caracterizou-se por apresentar um quadro de baixo crescimento econômico (3,97%). Embora a taxa básica de juros tenha caído (20,1%, média 2006, contra média de 2005), o dólar recuou de R$ 2,36 para R$ 2,14, inibindo o desempenho das exportações e aumentando as importações, penalizando algumas indústrias, especialmente as dos ramos têxteis, calçados, material elétrico e equipamentos de telecomunicações. O volume de crédito total cresceu 20,2% em relação a 2005, com destaque para o crédito para pessoa física – o volume de crédito para pessoa física cresceu 23,6%, passando de R$ 155,2 bilhões, em 2005, para R$ 191,8 bilhões, em 2006.
O IPCA teve variação de 3,14% em 2006, com 2,55 pontos percentuais abaixo do resultado de 5,69% de 2005. Ou seja, foi praticamente a metade da taxa daquele ano. Foi o IPCA mais baixo dos últimos cinco anos, cujos resultados foram: 12,53% em 2002; 9,30% em 2003; 7,60% em 2004; 5,69% em 2005; e 3,14% em 2006.
A redução na taxa de 3,14% em 2006 foi determinada, basicamente, pelos seguintes fatores: Boa oferta de produtos agrícolas, significativa influência do câmbio apreciado, mantendo relativa estabilidade nos preços de alguns produtos e redução nos preços de outros, a exemplo dos aparelhos de TV, de som, de informática e artigos de limpeza. Assim, aliado à boa safra do ano, o câmbio favoreceu o comportamento dos produtos agrícolas vinculados ao mercado internacional, cujos preços se recuperaram nos últimos meses do ano, em decorrência de perspectivas futuras. Os itens administrados também contribuíram – a energia elétrica, em função, principalmente, das revisões tarifárias. Telefonia fixa, que a partir de 2006 passou a ser regulada com base no comportamento de uma cesta de índices com o objetivo de melhor representar as variações de custos no setor, apresentou queda de 0,83% no ano.
O aumento de 3,97% no Produto Interno Bruto brasileiro em 2006 refletiu