economia
i) a distinção entre os diferentes sentidos da palavra valor (valor de uso e de troca; valor de mercado e natural); ii) o(s) fator(es) que, segundo Smith, determina(m) o valor de troca das mercadorias; iii) a medida ou padrão invariável do valor.
No volume I de “A riqueza das nações” Adam Smith abordou de maneira bem sofisticada a questão do valor das mercadorias através do conceito de trabalho. O brilhantismo da Teoria do Valor foi justamente colocar o trabalho no centro da análise econômica. Nesse ponto, ele apontou que a divisão do trabalho poderia aumentar a eficiência do mesmo, e ampliar drasticamente a produção. Nesse sentido, Smith apresentava 3 razões para legitimar esse argumento. Primeiro que a especialização do trabalhador em determinada tarefa aumentava a eficiência do processo produtivo como todo, além de diminuir o tempo de não trabalho, ou seja, o tempo gasto na mudança de uma tarefa para outra; também argumentava a possibilidade de aperfeiçoamento dos instrumentos de trabalho para determinada tarefa, já que era muito comum o uso de um instrumento para várias funções, o que agilizaria o processo de produção. Contudo, essa divisão do trabalho também traz efeitos negativos segundo ele, pois dificulta o desenvolvimento e a execução do Juízo Moral desses trabalhadores, o que para Smith teria solução no desenvolvimento das Escolas Públicas.
Segundo Smith, o Valor de Uso representa a utilidade de um bem com relação a determinado indivíduo, e o Valor de Troca tem relação direta com a quantidade de trabalho empregada na produção de determinado bem. Além disso, o esse valor tinha seus determinantes, o Valor de Mercado, que era determinado pela relação entre oferta e demanda, que segundo Smith eram regidas pela casualidade. E o Valor Natural, que se entende pelo nível no qual gravitam os preços de mercado; se oferta e demanda se equilibrassem