Economia a quatro setores
Uma vez apresentados os agregados macroeconômicos correspondentes aos quatro setores (família, empresas, governo e setor externo), pode-se apresentar a fórmula final da Despesa Nacional:
D N = C + I + G + X - M
onde: C e a despesa das famílias com bens de consumo, / é a despesa com bens de capital e a variação de estoques, G os gastos do governo, X as exportações e M as importações (sendo a diferença X - M as despesas líquidas do setor externo).
Rigorosamente, com relação ao setor externo, deveriam aparecer como componente da despesa agregada apenas as exportações. Deduzem-se, entretanto, as importações, devido ao fato de que elas estão embutidas nas demais despesas agregadas (C, /, G, X) e pela dificuldade prática de calcular o componente importado para cada um desses agregados (seja como bem de capital, seja como bem de consumo). Por isso, corrige-se a fórmula, deduzindo-se as importações pelo seu total global.
O conceito de despesa agregada, assim como o de produto, é apresentado a preços de mercado, já que são valores finais. Como no Brasil utiliza-se mais o conceito de Despesa Interna e não o de Despesa Nacional, e não é calculada a depreciação (com o que são utilizados os conceitos agregados em termos brutos), tem-se, então:
DIBpm = C + I + G + X –M
Fluxo circular de renda para uma economia a quatro setores
O processo de formação de renda, considerando os quatro agentes macroeconômicos, pode ser sintetizado no diagrama a seguir:
Vale lembrar novamente que o sistema de contas nacionais refere-se às variáveis reais, isto é, que representam alterações no produto real da economia. Por essa razão, não estão explicitadas as transações que envolvem o Sistema Financeiro (depósitos, empréstimos, ações etc.), que têm como principal função captar recursos dos poupadores para transferi-los aos investidores. Como já observamos, as transações relativas ao setor financeiro são detalhadas à parte do