Economia solidária
Diante dos textos apresentados, percebe-se que a economia solidária é uma alternativa diferente de organizar as pessoas em torno do trabalho e dos benefícios que o mesmo pode produzir. Sua finalidade principal é incentivar a emancipação dos trabalhadores como participantes ativos do capitalismo.
Esta emancipação é realizada de diversas formas e através de diferentes projetos. Conforme explanado nos textos, se aborda a iniciativa do banco comunitário que busca através do micro-crédito possibilitar atividades produtivas principalmente para aquelas pessoas que se encontram desempregadas ou no mercado informal. Aliado a esse crédito solidário está o pioneirismo da moeda social. Através de sua circulação em locais previamente restritos e designados se pretende aquecer a economia local, possibilitando geração de renda para os moradores próximos.
Outra iniciativa que obteve bastante êxito e deixa bastante transparente os objetivos da economia solidária são feiras de trocas solidárias. Estas têm o intuito de incentivar as pessoas a se “emancipar” do capitalismo, mostrando que o dinheiro é apenas um facilitador e não o principal, e através do “escambo” de produtos e serviços aquecer a economia local. Proporciona a opção de demandar os produtos e serviços produzidos pela própria comunidade em detrimento dos produtos e serviços ofertados pelas grandes corporações, pois é justamente essa concentração de renda nas grandes corporações a grande causa do desempenho, já que essa extrema concentração faz com que a moeda oficial não circule tanto.
O principal pilar dessa tendência e talvez o maior gerador de benefícios para as comunidades é que esta surgiu através da demanda da sociedade, ou seja, de baixo para cima, diferentemente do que ocorre no Brasil, onde a maioria das alternativas são impostas de cima para baixo. A economia solidária é um movimento dinâmico e cooperativo, onde todos decidem em conjunto e se beneficiam igualmente dos