Economia Primavera Árabe
As revoluções trouxeram instabilidade econômica e agravaram os problemas sociais já existentes antes dos conflitos.
15 de maio de 2013
O fator econômico, entre outros, foi um dos principais motivos para desencadear a onda de revoluções que inundaram de incertezas todo o Oriente
Médio e o norte da África. A população destes países vive em condições péssimas fruto dos baixos salários, a inflação elevada e a falta da oportunidade de trabalho principalmente entre os jovens.
A economia foi afetada diretamente com esses conflitos, o que gerou uma grande preocupação mundial por ser uma região tradicionalmente exportadora de petróleo e as incertezas políticas poderia levar a uma crise neste setor. A
Líbia foi o país mais afetado economicamente logo após as revoltas devido à paralisação da exportação de petróleo gerando a perda de US$ 7,7 bilhões ou
28% do seu PIB. Já no Egito, a economia foi menos afetada, mas a população sentiu diretamente as consequências da revolta na principal fonte de renda do país, o turismo. Desde que Hosni Mubarak foi deposto do seu cargo, as reservas de moedas estrangeiras caíram cerca de 30% e a Bolsa do Cairo recuou 42%1.
Em 2010, um ano antes da revolução egípcia, cerca de 14 milhões de turistas chegaram ao
Egito. Isto representou cerca de 13% do PIB do país e empregava direta ou indiretamente um em cada sete trabalhador. Estes números despencaram em 2011 para cerca de 9,5 milhões de turistas e segundo a Tourism
Economics, estes números devem ser de 11,4 milhões em 20132.
A inflação esta subindo, causando certo receio nos egípcios quanto a guardar dinheiro em bancos devido à alta desvalorização da Libra egípcia. O desemprego também subiu de forma rápida. Uma estimativa oficial mostra que 13% da população esta sem emprego e este índice chega a 25% entre os jovens².
Este quadro tem gerado certa impaciência da população, pois mesmo após dois anos em