ECONOMIA POLÍTICA
Hoje todos nós vivemos no mundo capitalista onde a riqueza se constitui como um acúmulo de mercadorias, e a compra e venda é uma relação simples que faz parte do nosso cotidiano. E o texto pretende mostrar como tudo isso funciona, como acontecia a produção de mercadorias, como se constituía a riqueza, e como a mercadoria determinou as novas relações sociais.
A mercadoria é um objeto externo ao homem, ela satisfaz uma necessidade humana qualquer, sendo ela material ou espiritual. É um valor de uso. O intercâmbio entre a sociedade e a natureza, resulta na produção de bens que são valores de uso. É através do trabalho que o homem tenta controlar a natureza.
A sociedade e sua existência sempre dependem da produção de valor de uso. Na medida em que é valor de uso, a mercadoria é produto do trabalho, porém nem tudo que possui valor de uso resultante do trabalho é mercadoria. Pois só constituem mercadorias aqueles valores de uso que podem ser reproduzidos. A mercadoria é um valor de uso que se produz para a troca, para a venda. O valor de uso produzido para o autoconsumo do produtor, não é mercadoria. Somente é mercadoria, os valores de uso que satisfaçam as necessidades sociais de outras pessoas também. A mercadoria sintetiza o valor de uso e o valor de troca.
Para que haja a produção de mercadorias, duas condições são necessárias: 1) divisão social do trabalho; e a 2) propriedade privada dos meios de produção, que são as ferramentas de trabalho, a matéria-prima, a força de trabalho. E apenas o modo de produção capitalista se caracteriza como um modo de produção de mercadorias.
A produção mercantil supõe a divisão social do trabalho e a propriedade privada dos meios de produção. A produção mercantil simples tinha como pilar o trabalho pessoal, e o fato de que os artesãos eram os proprietários dos meios de produção que empregavam, que destinava-se a um mercado restrito,