Economia politica
Rudolf Von Ihering, jurista alemão vivido no século XIX, tem suas bases conceituais pautadas em Kant e desta forma ligadas a Hobbes, seu livro “A luta pelo direito” é decorrente do seminário apresentado pelo mesmo na primavera de 1872 para a sociedade jurídica de Viena. A obra já teve várias reimpressões e em vários idiomas. A obra em questão esta dividida em prefácio e mais 5 capítulos, não sendo cada capítulo necessariamente diferente do anterior, mas somente pontuando peculariedades sobre o assunto.
Em “A luta pelo Direito” o autor defende a ideia de que o direito deve ser conquistado pela luta. Esta, por sua vez deve perdurar enquanto o direito estiver sobre as ameaças da injustiça. Nenhum cidadão deve abster-se da luta pelo direito. Fato esse que pode ser observado nos vários momentos da história da humanidade, pois todas as transformações ou conquistas, em diferentes sociedades ao longo dos tempos, só ocorreram devido à luta de indivíduos que tiveram seus direitos limitados, ameaçados ou vetados e que lutaram para tê-los garantidos.
O autor afirma que o fim do direito é a paz e o meio para se chegar à paz é a luta, aplicando em sua analise a dialética entre paz e luta, que vai nortear toda a obra. Para reforçar essa ideia utiliza a simbologia do direito, representada pela Deusa Têmis, segundo ele a balança e a espada usadas pela Deusa representam, quando utilizadas com a mesma habilidade, o verdadeiro estado de direito. A balança pesa o direito e a espada é o meio pelo qual o direito é defendido. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada a impotência do direito. A paz que concebemos é ilusória, dura enquanto estivermos em período de tranquilidade, mas no primeiro sinal de conflito desperta toda ira humana, por isso que o direito é a luta constante e eterna da busca pela paz.
De acordo com o livro o direito é usado em duas definições distintas, a objetiva e a