economia nacional 1840
O período de 1888 – 1890 foi bastante representativo na evolução das instituições monetárias brasileiras. Foram verificadas, nesse período, duas principais tendências no Brasil: a tendência para a moeda inconversível e para o aumento do grau de controle sobre a oferta de moeda doméstica.
De acordo com a análise de Franco (1983), durante o período de 1815–1913 verificaram-se importantes transformações na própria natureza da moeda, inclusive no Brasil. Essa transformação da moeda, ou seja, o crescimento da moeda fiduciária teve profundas implicações. Este período foi marcado por medo e desastres financeiros em diversos países e também no Brasil. Muitas crises tiveram a origem em verdadeiros ciclos econômicos, e outras originaram na própria esfera monetária. O mundo da moeda fiduciária e dos sistemas financeiros era instável e necessitava de controles. A evolução das instituições monetárias se deu de forma brusca em que nem sempre se percebem as implicações dessas mudanças.
No período de 1888–1890 verificamos, no caso brasileiro, uma evolução da moeda fiduciária (inconversível), acompanhada de medidas implantadas com a finalidade de aumentar o controle sobre o sistema monetário. Esta tendência foi manifestada pela centralização bancária, em direção a um banco central, e foi claramente induzida pelo governo para promover a estabilidade cambial e monetária.
Para diversos países, o crescimento da moeda fiduciária significava desligar o ritmo do crescimento econômico de longo prazo do ritmo do crescimento da oferta de ouro. Isso foi bastante importante, pois a oferta mundial de ouro diminuía bastante naquele momento com a cessação dos