Economia na América Portuguesa

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O cultivo da cana-de-açúcar foi um dos principais fatores que contribuíram para a a decisão de invadir as terras que, séculos depois, constituiriam o território brasileiro e iniciar a colonização após cerca de trinta anos depois da descoberta, ou seja, por volta de 1530. É preciso considerar que vir às terras aqui na América seria quase como irmos hoje para Marte, era preciso que uma ação tão cara, cheia de riscos, e perigosa trouxesse muito lucro para compensar o esforço.

Nesse período logo após a "descoberta", os portugueses focaram seus esforços marítimos na busca de novos caminhos para obter as obter as especiarias orientais (cravo, pimenta, pau-brasil, dentre outras) e conseguir vendê-las com uma margem de lucro de até 6.000%, como o obtido pelo navegante Vasco da Gama. Nesse sentido, a colonização ou invasão por Portugal das terras que hoje formam o Brasil requeriam um alto investimento e não trariam um retorno rápido nem seguro, tal como os proporcionados pelas especiarias.

Assim, apenas quando o comércio com as Índias e outros países orientais deixou de ser tão rentável e os portugueses já haviam desenvolvido a tecnologia para o cultivo da cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira e Açores, bem como outras nações europeias (especialmente a França) ameaçavam tomar partes do território que hoje seria o Brasil, Portugal promoveu o sistema de capitanias hereditárias como uma tentativa de colonizar o gigantesco território que "possuía" na América, ao mesmo tempo que o governo transferia para particulares os gastos com a colonização.

Os portugueses não conseguiram obrigar os índios ao trabalho pesado na lavoura por muito tempo, pois a agricultura era um trabalho feminino na sociedade deles, preferindo a morte, criando-se o mito de que os indígenas seriam "preguiçosos". A partir de então houve uma maior escravidão de negros da África, pois a escravidão já era um prática adotada pelos próprios africanos e pelos árabes, bem como eles já estavam acostumados ao

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