Economia Monetaria
O presente trabalho objetiva abordar o modelo de demanda por moeda formulado pelos monetaristas, cujo qual trata-se de uma retomada da teoria quantitativa da moeda na abordagem de Cambridge. Em contraposição, o modelo monetarista inclui novas variáveis na função demanda por moeda, no entanto, a conclusão final do modelo é semelhante à encontrada pelos antigos teóricos quantitativistas, isto é, a de que a demanda por moeda depende fundamentalmente da renda da comunidade, e que qualquer aumento na taxa de crescimento da oferta de moeda acima da taxa de crescimento do produto acarreta no longo prazo tão-somente um aumento no nível de preços. A partir dessa concepção, os monetaristas se auto denominam novos quantitativos ao criticar a analisa da demanda por moeda elaborada pelos Keynesianos.
Deve-se destacar ainda que os monetaristas deram especial atenção ao comportamento da demanda por moeda na hiperinflação. O desenvolvimento deste modelo, está de acordo com os pressupostos teóricos monetaristas, inclusive no que se refere à adoção da hipótese de expectativas adaptativas.
6.1 – BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A TEORIA MONETARISTA
Conforme já mencionado, as raízes do monetarismo remontam a teoria quantitativa da moeda (TQM), que formou a base da economia monetária clássica do século XVII. A TQM explica as mudanças na renda nominal agregada em termos de variações no estoque de moeda e na velocidade de circulação da moeda, que no longo prazo é tida como estável.
Longo Prazo – O crescimento do volume físico do produto é determinado exclusivamente por fatores reais, bem como, produtividade, tecnologia, acumulação de capital, crescimento populacional, etc.
Curto Prazo – O impacto de mudanças na oferta de moeda é muito mais complexo e variado, influenciando preços e produto real, podendo, assim, ter efeitos, ainda que transitórios, sobre as variáveis reais da economia.
O economista monetarista Milton Friedman sustenta que a TQM deve ser vista como uma teoria da