Economia internacional

1029 palavras 5 páginas
Anatomia dos juros altos
Artigo - Jorge Jatobá Valor Econômico

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É mesmo surpreendente como a economia brasileira pode se mover com tão pouco crédito O Brasil pratica a maior taxa de juros real do planeta e detém o segundo lugar no que diz respeito à taxa de juros nominal ficando atrás apenas da Turquia. A esse custo do dinheiro trava-se o consumo e o investimento gerando desemprego entre os trabalhadores e desespero entre os empresários. O Copom fixa a Selic - taxa básica de juros - tendo em vista o regime de metas de inflação Todavia, embora ainda esteja muito alta, a Selic vem caindo com algumas hesitações, estando já por três meses no patamar de 16%, sem viés. Uma vez que o custo do crédito segue a Selic, há fundamento para a crítica de que o governo inibe a atividade econômica ao praticar juros muito altos. As razões para o Banco Central manter juros altos não residem apenas na necessidade de manter a inflação sob controle. Há outras duas razões macroeconômicas importantes. A primeira é a vulnerabilidade externa da economia brasileira. Recentemente essa vulnerabilidade está se reduzindo porque estamos conseguindo gerar saldos positivos no balanço de transações correntes (+R$ 6,5 bi nos últimos doze meses). Até recentemente, juros altos atraiam capitais de curto prazo que ajudavam a financiar o déficit de transações correntes. Historicamente, investimento direto e financiamentos externos não fechavam essa conta. Os capitais de curto prazo eram quase sempre necessários para bancar a diferença. Por conseguinte, se o país não conseguir gerar saldos crescentemente positivos na sua balança comercial e atrair novos investimentos e financiamentos de forma sustentável, juros reais elevados serão funcionais para atrair os dólares necessários para equilibrar o balanço de pagamentos. A outra razão é o desequilíbrio fiscal do setor público. Este captura a poupança privada oferecendo taxas de juros atraentes para financiar o seu

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