Economia internacional
(Um texto introdutório)
I. A Economia dos Países Individuais no Contexto Mundial (Juan A. Plá) 1. A Divisão Internacional do Trabalho Ao longo da História, os diversos continentes foram retalhados em territórios autônomos, muito diferentes entre si, com relação ao tamanho e aos recursos produtivos disponíveis. Assim, através de processos políticos complexos foram-se conformando os atuais países. As nações independentes descobriram, muito cedo, as vantagens de trocar mercadorias, originando os fluxos do comércio internacional. Na medida em que os meios de comunicação e de transporte iam-se aperfeiçoando, o sistema mundial foi ficando mais interdependente e os países foram abandonando progressivamente as estratégias orientadas para a auto-suficiência. O desenvolvimento do comércio possibilitou que cada nação se especializasse naquelas produções em que apresentava maiores aptidões, complementando, através do comércio, o leque de mercadorias que seus cidadãos necessitavam. A especialização produtiva dos países obedeceu, pelo menos inicialmente, às respectivas disponibilidades de fatores de produção, que determinaram a conformação de vocações nacionais, especialmente no caso dos produtos agrícolas e minerais. Assim, por exemplo, o Brasil dedicou seus recursos a produzir café, em função da disponibilidade de recursos naturais (terra, clima, etc), especialmente apropriados para essa finalidade. Em geral, os países se especializaram nas produções em que eram mais eficientes, conseguindo produzir os respectivos produtos a um custo menor. O comércio entre países pode ser analisado a partir de dois pontos de vista. Em primeiro lugar, ele permite que cada país tenha accesso a um leque muito amplo de bens e serviços, satisfazendo as necessidades diversificadas de seus cidadãos, sem perder as vantagens da especialização produtiva. Em segundo lugar, a possibilidade de vender seus produtos em outros mercados, permite que os volumes de bens produzidos em