Economia dos Recursos Minerais do RN
No final da década de 1930, o Rio Grande do Norte já produzia, através do garimpo, berilo, columbita e mica, na região geológica de rochas cristalinas (ver mapa); Nos terrenos de geologia sedimentar, especialmente no município de Dix-sept Rosado, produzia-se a gipsita, importante matéria prima na indústria de cimento.
Com o início da Segunda Guerra Mundial (1939), aumentam as pesquisas em busca de novos minérios, entre elas a scheelita (mineral de tungstênio), componente importante na fabricação de armamentos. A partir de 1940/1941, intensificam-se a exploração e a exportação da scheelita e o Rio Grande do Norte torna-se o maior produtor brasileiro desse minério.
A exploração de minas situadas no município de Currais Novos, Santana do Matos, Lajes e Cerro Corá registra uma produção crescente durante todo o período da Segunda Guerra Mundial. Em 1946, um ano depois de terminado o conflito, a produção cai, para ser retomada logo depois, com o início da Guerra da Coréia, Vai manter-se em alta até 1956, quando também o conflito na Coréia termina.
No município de Currais Novos, as minas Brejuí, Barra Verde e Boca de Laje, apesar de pertencerem a uma única jazida, estendiam-se por propriedades diferentes e eram exploradas por diferentes empresas.
No município de Bodó, desmembrado do município de Santana do Matos, a mina Bodó está sendo explorada por uma empresa do grupo que detém a mina Brejuí. Depois de alguns anos parada, a mina de Brejuí voltou recentemente a atividade através do garimpo, não só de minério de scheelita, mais também de tantalita.
Para o Rio Grande do Norte, o problema maior da produção de scheelita está na grande dependência do mercado internacional, que não só fixa os preços, sujeitos a constantes oscilações, como estabelece os fornecedores do momento. Com isso, a produção de scheelita no Rio Grande do Norte tem registrado sucessivas crises, com fechamento de minas e aumento do desemprego dos municípios