Economia do Nordeste
Economia em transição
André Cabral Araújo
A economia nordestina
- Apesar de ter sofrido durante o século XX com a exploração política da miséria e da estagnação (indústria da seca), atualmente a economia nordestina se encontra em fase de transição
- A economia tradicional, com a presença de monoculturas com baixa tecnologia, agricultura de subsistência frágil e extrativismo vegetal, ainda domina boa parte do território nordestino
- Ao mesmo tempo, vemos manchas de uma economia mais moderna lentamente tomar espaço. É o caso da fruticultura irrigada no Vale do São Francisco, o polo petroquímico de Camaçari e o porto digital de Recife (essa nova economia está fortemente relacionada com as migrações de retorno já estudadas)
- Essa modernização só foi possível graças aos projetos de desenvolvimento do nordeste
(que apesar do grande desvio de recursos foram responsáveis pela infraestrutura construída na região) pela desconcentração industrial (devido ao aumento do custo de produção no Sudeste) e pelo aumento do poder de consumo da população nordestina
- Vale destacar ainda o papel do agronegócio, que vem ganhando força a partir das frentes pioneiras (Mapitoba)
A economia tradicional
As atividades tradicionais não são desenvolvidas de maneira uniforme no território nordestino, ao invés disso, seguem a divisão em sub-regiões podendo até ocupar territórios mais específicos. Os principais destaques dessa economia são:
- Monocultura de cana no litoral oriental: abrangendo o litoral dos estados da PB, PE, AL,
SE, além de parte da BA e RN, temos a produção de cana. Essa produção está relacionada tanto à economia açucareira do Brasil colonial, quanto ao papel do álcool na matriz energética brasileira a partir dos anos 70 (choque do petróleo e Pró-Álcool)
- Monocultura do tabaco no Recôncavo Baiano: utilizando o mesmo nível tecnológico e estrutura fundiária da produção de cana, o tabaco (que sempre teve o seu espaço na