Economia criativa
Vendem-se sonhos, sensações e projeções de sentimentos positivos. Eis os produtos finais de um novo ramo econômico, que se alimenta da criatividade como matéria-prima. Para estar à frente no mercado, as companhias precisam agora inovar e trabalhar com o imaginário do consumidor, procurando antecipar os seus desejos. E contratam empresas que ajudem a vender esses benefícios intangíveis para concretizar essa missão. São empresas da chamada economia criativa, que desponta com um novo perfil de profissionais e de gestão de pessoas.
Introdução
A economia criativa e seu alcance vêm sendo reconhecidos há mais de uma década. Os britânicos criaram até um ministério da Economia Criativa, com foco no fortalecimento da indústria relacionada às artes plásticas, cinema, teatro, literatura, mídias eletrônicas, mídias recentes ligadas ao surgimento de novas tecnologias, entretenimento, design, arquitetura e moda. . E a percepção é que o setor continua a se expandir rapidamente.
Mas em que exatamente este segmento se diferencia dos demais setores? Em primeiro lugar, criatividade requer liberdade, como diz John Howkins, no livro The Creative Economy: How People Make Money From Ideas, de 2001. “Não podemos mais falar em empregados das 8h às 18h”, disse Howkins, com exclusividade ao Canal Rh em Revista em sua passagem pelo Brasil em dezembro. Nesse cenário também não é possível sustentar um ambiente hierarquizado e sem abertura de diálogo entre os profissionais. “Na economia criativa há um alto nível de conversas sobre idéias e todos participam do processo falando, ouvindo”, afirma Howkins.
No Brasil, o conceito utilizado pelo Instituto de Economia Criativa no Brasil, para definir as atividades que estão sob conceito criativo, vai além do modelo britânico. "Na nossa visão, o que inclui uma empresa na economia criativa é a sua capacidade de se organizar de maneira a inovar, ou seja, o modo como desenha os processos, o modelo de negócios,