Economia colonial
Manolo Florentino – , pautados em novas fontes primárias, principalmente inventários, vão discutir a importância no tráfico negreiro para a economia colonial brasileira, o principal argumento desenvolvido é o de que embora a maior parte dos escravos fosse utilizados no produção do açucar, a importação dos mesmos não diminuía em períodos nos quais havia queda na exportação de açucar para a Europa sendo assim, na opinião desses historiadores, fica demonstrado que essa mão de obra era desviada para outros produtos – tabaco, algodão, gado, alimentos – fossem eles para atender as flutuações do mercado externo ou para atender as necessidades dos próprios habitantes da colônia. Outro desdobramento, quando se toma o tráfico como fator comercial por si mesmo, é o de que o escravo é uma mercadoria que não é comprada ou vendida para Portugal, ele rompe com os limites impostos pelo pacto colonial – o comércio era feito diretamente entre Brasil e África e uma parte dos escravos era revendida para colônias espanholas na América. Ainda existe um terceiro fator, a moeda de troca utilizada pelos traficantes para adquirir mão de obra na costa africana era, principalmente o aguardente (cachaça) o que nos leva a perceber que uma parte da produção açucareira, mesmo que pequena, não estava direcionada a
Europa e o lucro advindo da transação também não vinha