Economia Cana de açucar
O setor de etanol é um dos destaques na procura por financiamentos do BNDES. Em 2004, o banco desembolsou R$ 580 milhões. Em 2006, R$ 2,02 bilhões, alta de 248,27%. Sabe-se que hoje existem cerca de 100 novos projetos de usinas em execução ou em estudos, quase a totalidade na região Centro-Sul do país.
No entanto, para que os investimentos no setor possam ser devidamente aproveitados, com possibilidade de máxima rentabilidade a médio e longo prazos, faz-se necessário que a cadeia produtiva seja analisada como um todo; isso inclui, além do conhecimento tecnológico, os custos agregados a cada melhoria nas diversas etapas.
Quantificação do impactos das melhorias
A quantificação dos impactos das melhorias tecnológicas pode ser analisada sob dois enfoques:
Em relação à redução do custo (%) de produção, que corresponde ao benefício bruto menos os custos associados, visando garantir a competitividade do etanol no longo prazo e,
Pelo aumento ou melhoria dos indicadores de sustentabilidade, propiciando que a produção se faça num ambiente melhor, com impactos menores.
As tabelas que seguem apresentam valores médios de custos para várias etapas da produção de etanol.
Custos médios da produção de cana
Fase
Custo (R$/tc)
Participação (%)
Formação do canavial
5,56
17
Trato da cana plantada
1,07
3
Trato da soqueira
8,79
27
Colheita e Transporte
11,10
33
Administração Agrícola
1,33
4
Remuneração da terra
5,31
16
TOTAL
33,16
100
Fonte:IDEA, 2005
Custos de industrialização da cana para produzir etanol
Item
Destilaria Autônoma (R$/m³)
Destilaria Anexa (R$/m³)
Salários e Encargos
28,86
31,80
Depreciações
26,50
31,46
Produtos químicos
21,63
22,06
Óleos Lubrificantes
3,43
3,47
Material e Manutenção
20,97
22,53
Serviços de terceiros
8,47
9,73
Outros
22,58
25,84
TOTAL
132,70
146,90
Fonte:IDEA, 2005
Custos administrativos na produção de etanol
Item