Economia cafeeira
Qual foi o motivo da queda dos preços do açúcar e algodão. E qual foi a nova fonte de riqueza criada.
Entre o final do século XVIII e início do século XIX as principais atividades econômicas do Brasil eram o açúcar no nordeste, ouro no centro oeste e algodão no Maranhão. Nesse período o açúcar enfrentava novas dificuldades e o valor total de suas vendas desceu a níveis baixíssimos. As exportações de ouro seguiam pouco mais de meio milhão de libras. Enquanto a população havia subido a algo mais de três milhões de habitantes. A economia brasileira estava sendo operada em torno de dois pólos principais: as economias do açúcar e do ouro. Articulada ao núcleo açucareiro estava à pecuária nordestina. Articulado ao núcleo mineiro estava o hinterland pecuário sulino, que se estendia de São Paulo ao Rio Grande do Sul. No norte estavam os dois centros autônomos do Maranhão e do Pará. Este último vivia exclusivamente da economia extrativa florestal organizada pelos jesuítas com base na exploração da mão de obra indígena. O Maranhão como um sistema autônomo, articulava-se com a região açucareira através da periferia pecuária. Dos três sistemas principais o único que conheceu uma efetiva prosperidade no último quartel do século foi o Maranhão, criando uma companhia de comercio altamente capitalizada que deveria financiar o desenvolvimento da região. Os dirigentes da companhia perceberam desde o início que o algodão era o produto tropical cuja procura estava crescendo com mais intensidade, e que o arroz produzido nas colônias inglesas e principalmente consumido no sul da Europa não sofria restrição de nenhum pacto colonial. Os recursos da companhia foram assim concentrados na produção desses dois artigos. Quando os principais frutos começaram a surgir, ocorreu, demais, que o grande centro produtor de arroz foi excluído temporariamente do mercado mundial em razão da guerra da independência das colônias