A economia cafeeira

3356 palavras 14 páginas
A Economia Cafeeira

O comerciante de café e o crédito agrícola Durante o longo período do século XIX, no qual a economia cafeeira se assentava sobre o regime de trabalho escravo, e mesmo nas duas décadas seguintes, ao final da escravidão, nas lavouras de café, o mecanismo de financiamento da produção vinculava-se profundamente à comercialização do produto. Os comerciantes de café de Santos e do Rio de Janeiro dependiam em grande medida dos fazendeiros de café para realizar seus lucros com a venda do produto e para obter os recursos financeiros necessários à produção. Portanto, o que diferenciava um comerciante de café de um comerciante comum, era o fato de exercer a atividade de financiador da lavoura. Como em qualquer atividade produtiva no sistema capitalista, seria razoável supor que a principal fonte de financiamento de capital residisse nos lucros gerados pela própria produção. Contudo, tal não se dava na lavoura cafeeira até pelo menos a crise de superprodução do final do século XIX e início do século XX, em razão da exigência de recursos para a formação e operação da lavoura. Os recursos financeiros na lavoura de café eram importantes por duas razões. Primeiro, por se tratar de uma cultura permanente que exige um período relativamente longo para sua formação. A lavoura era considerada formada e em plena produção apenas no seu quinto ou sexto ano de vida. Em conseqüência, os gastos com a formação exigiam uma inversão de recursos cujos primeiros retornos tardariam longo tempo para aparecer. A segunda razão refere-se às elevadas exigências do trato do cafezal. São necessárias diversas carpas durante o ano para conservar a lavoura limpa a fim de preservar a produtividade da planta. O regime de trabalho envolvia remuneração monetária da força de trabalho, então a lavoura exigia muito capital de giro para sua operação. Tais observações merecem atenção quando se busca explicar a dependência do fazendeiro de café diante do comerciante da época. Havia, ainda,

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