Economia brasileira
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Por Ana Conceição | Valor
SÃO PAULO - Pela 16ª semana consecutiva, os analistas do mercado financeiro revisaram para baixo suas expectativas para o crescimento da economia neste ano, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), que apura estimativas entre cerca de cem instituições. A mediana das projeções para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) saiu de 0,48% para 0,33%. Há um mês, a expansão econômica prevista era de 0,79%.
As revisões se intensificaram após ser conhecido o resultado do PIB do segundo trimestre deste ano, que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), caiu 0,6% ante os três primeiros meses de 2014, quando recuou 0,2% sobre o quarto trimestre de 2013. Com dois trimestres de queda, configurou-se uma recessão técnica no país.
Quanto a 2015, a mediana das estimativas para o crescimento do PIB ficou em 1,04%, ante 1,10% no relatório antecedente.
As projeções para a produção industrial deste ano (queda de 1,98%) e do próximo (alta de 1,50%) não foram alteradas.
Também ficaram como estavam as estimativas para a inflação em 2014 e 2015. Em ambos casos, a mediana para o aumento do IPCA ficou em 6,29%. A projeção para a alta do IPCA em 12 meses, por sua vez, passou de 6,24% para 6,28%.
Os analistas não mexeram na estimativa de inflação em setembro, de 0,40%. Na próxima sexta-feira, o IBGE divulga o IPCA-15 deste mês.
Quanto à Selic, a expectativa ainda é de que a taxa básica de juros siga nos atuais 11% até o fim deste ano. A projeção para 2015, contudo, foi de 11,63% para 11,50%.
As projeções do Top 5 - analistas que mais acertam as projeções - para inflação e juros não apresentaram mudanças. As medianas de médio prazo para o IPCA em 2014 e 2015 seguiram em 6,28% e 6,40% de alta; para a Selic, em 11% e 12%, respectivamente.
(Ana Conceição | Valor)
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