ECONOMIA BRASILEIRA
“Em 2005 o presidente Lula não renovou o acordo com o FMI de manter o tripé da economia (superávit primário, metas de inflação e câmbio flutuante) utilizado deste o segundo mandato de Fernando Henrique. A partir desse ponto, foi aberto espaço para a adoção de políticas próprias no país. De imediato, percebeu-se a inversão do comportamento do superávit primaria brasileiro, que começou a decrescer, contrariando o fundo internacional.
Quando assumiu a presidência, em 2013, Dilma Rousseff não somente manteve essa como ainda implantou outras modificações na política econômica brasileira. Segundo ela, é desnecessário manter elevado superávit primário, pois o importante é possuir reservas que permitam apenas o pagamento da dívida; dessa forma, a maior parte do valor deve ser empregada como insumo na economia do país, permitindo dinamização do comércio e geração de alta arrecadação tributária para o Tesouro. Assim, a presidenta mantém a política social de Lula de “fazer a economia girar”. Há também a preocupação com a industrialização do país. A intenção é reestruturar o parque industrial brasileiro, visto sua perda de competitividade no mercado mundial. Para isso foi lançado o programa Brasil Maior, que estabelece uma série de incentivos à indústria, às exportações, à tecnologia e ao intercâmbio científico. Fazendo tais investimentos e praticando uma política fiscal expansionista, com crescente desvalorização da taxa SELIC, tudo indica que a presidenta caminha rumo a um superávit muito pequeno ou negativo. Como reforço a essa perspectiva, é possível citar que no dia 28 de março deste ano, o Bacen divulgou um superávit primário acumulado (janeiro-março) de R$27,2 bilhões; 1,58 p.p. do PIB inferior ao superávit registrado no ano anterior.”