Economia Brasileira

4831 palavras 20 páginas
"A estabilidade pode não ser tudo; porém, sem estabilidade, tudo vira um nada."

Foi com estas palavras que o social-democrata Karl Schiller, ministro das finanças da Alemanha Ocidental de 1966 a 1972, definiu o quão importante era para a Alemanha ter uma moeda forte.

Durante a segunda metade do século XX, nenhum povo levou tão a sério a importância de se ter uma moeda forte e estável quanto os alemães. Tendo sofrido duas hiperinflações em um espaço de apenas 24 anos (uma em 1922-1923 e a outra logo após o fim da Segunda Guerra Mundial), o que aniquilou toda a sua poupança, a população alemã entendeu, e de uma maneira extremamente dolorosa, que a moeda de um país não pode ser aviltada. Foi o primeiro-ministro alemão Konrad Adenauer quem disse que "defender a moeda é a condição precípua para se manter uma economia de mercado e, em última instância, uma sociedade livre." Já o ministro das finanças de Adenauer, Ludwig Erhard — o "pai" do milagre econômico alemão —, foi ainda mais longe e proclamou que a estabilidade monetária era um direito humano básico.

O compromisso com uma moeda forte e estável se tornou tão inegociável, que foi criada uma lei em 1957 — a Lei Bundesbank — que incorporava essa visão alemã sobre a moeda: a lei declarava especificamente que o Banco Central alemão seria completamente independente de pressões políticas e de instruções do governo federal. Sua única função seria a de "proteger a moeda", controlando a quantidade de dinheiro em circulação na economia com o objetivo de manter a robustez da moeda. Esta lei deu ao Bundesbank uma autonomia de poder que nunca foi vista em nenhum outro país desde então, e contava com o apoio de social-democratas e conservadores.

A aprovação e implementação desta lei, em conjunto com a genuína determinação mostrada por seus vários presidentes, fez do Bundesbank o Banco Central mais respeitado e confiado do mundo. De 1957 até imediatamente antes da introdução do euro, em 2002, a Alemanha

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