economia brasileira contemporania
Os principais objetivos e os impactos do II PND
O II PND era a resposta do governo militar à crise conjuntural da economia brasileira. Pretendia superar o próprio subdesenvolvimento do país, eliminando os estrangulamentos estruturais de nossa economia. O debate sobre o que fazer em 1974 situou-se na dicotomia ajustamento ou financiamento. O choque do petróleo significava transferência de recursos reais ao exterior e, com a existência de um “hiato potencial de divisas”, a manutenção do mesmo nível de investimento trazia a necessidade de maior sacrifício sobre o consumo, e, para alcançar as mesmas taxas de crescimento do período anterior, seria necessária maior taxa de investimento. Neste contexto, percebe-se que as opções de crescimento se haviam estreitado, e a tendência natural da economia seria a desaceleração da expansão.
O governo de 1974, tinha o desafio de dar continuidade ao crescimento econômico, no entanto, dependia da superação dos chamados estrangulamentos estruturais, presentes historicamente na economia brasileira. Era necessário desenvolver o Departamento I (superando a forte dependência externa do país com relação a bens de capital, petróleo, produtos químicos, fertilizantes, etc) e enfrentar os aspectos da questão social, principalmente com o incentivo à agricultura voltada para a produção de alimentos.
Assim, o II PND propunha uma “fuga para frente”, assumindo os riscos de aumentar provisoriamente os déficits comerciais e a dívida externa, mas construindo uma estrutura industrial avançada que permitiria superar conjuntamente a crise e o subdesenvolvimento.
Tratava-se de uma alternativa ao ajuste recessivo como aconselharia a sabedoria econômica tradicional. As prioridades recairiam sobre o setor energético, por meio do aumento da prospecção de petróleo e da produção de energia elétrica e nuclear; sobre os setores siderúrgico e petroquímico; e sobre a indústria de bens de capital. Para tal, o governo contaria com o auxílio de empresas