ECONOMIA BRASILEIRA 1980 A 2000
A década de 1980 ficou conhecida como a “década perdida” referenciando uma estagnação econômica. Foi também considerada como o início da era da informação e o fim da era industrial. O país sofria com o aumento contínuo da inflação e a queda do PIB. Nesse período tivemos o fim da ditadura militar e a eleição indireta de Tancredo Neves, que não chegou assumir a presidência, pois veio a falecer antes de tomar posse. José Sarney assume o posto e implanta o Plano Cruzado, que tem por objetivo principal conter a inflação e aumentar o poder aquisitivo da população de baixa renda. Os primeiros dois meses do plano foi um sucesso. Pela primeira vez na história foi registrada uma deflação de 0,11% medida pelo IPC, porém, com o drástico crescimento do consumo, os fornecedores passaram a cobrar ágio e assim tem-se o retorno da inflação chegando à marca dos 200%. Nesta “década perdida” eleva-se a dívida externa, o Estado para com os investimentos e consequentemente o déficit fiscal sobe. O crescimento do PIB ao longo dos anos 80 foi de 1,6% ao ano.
O setor privado, no entanto, reforça a capitalização ampliando e diversificando as exportações. Setores como a celulose, o alumínio e a petroquímica avançaram significativamente e foi reduzida a dependência do petróleo.
José Serra assinala a década de 1980 como um impressionante inventário de frustrações: “Na média de uma vez a cada ano e meio, o país passou por sete planos de estabilização da moeda e treze políticas salariais diferentes. As regras do câmbio mudaram dezessete vezes, as regras para o controle dos preços sofreram cinquenta e três alterações. Os planos para encaminhar o problema da dívida externa foram vinte e os cortes nos gastos públicos somaram dezoito decretos. Nesse período o cidadão brasileiro conheceu quatro moedas diferentes e calculou a desvalorização do dinheiro por dez índices variados. Não seriam nunca por falta de mexer nas coisas via poder público, portanto, que as