Economia brasileira - (1961-1964)
O presente artigo abordará em linhas gerais, o andamento da economia nacional no triênio compreendido entre o fim da era JK, em 61, e o golpe militar de 64. Este momento foi marcado por intensa instabilidade política, e também econômica. Em fins de 1960, Jânio Quadros vence a eleição para a presidência da República. Em sua campanha, Quadros denunciava a desordem macroeconômica deixada pela implementação do Plano de Metas, com pressão inflacionária, gastos excessivos por parte do governo e deterioração do balanço de pagamentos. Prometia reorganizar a casa, além de “varrer” os corruptos do governo. Jânio acabou conseguindo se eleger com uma votação expressiva, aliando votos conservadores, com intensa votação do povo, baseada no apelo populista de algumas de suas propostas. A nova presidência assume em janeiro de 1961, e logo em março do mesmo ano toma sua primeira medida relevante: uma reforma no regime cambial, a partir da Instrução 204 da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC). Nesta reforma, que tinha como principais focos conter a crise do balanço de pagamentos e a aceleração inflacionária, o governo tomou três medidas principais: transferiu os produtos da categoria “geral” do regime cambial vigente para o mercado de câmbio livre; desvalorizou em 100% o câmbio de custo para importações preferenciais, como trigo e petróleo, por exemplo, além de instituir o sistema de Letras de Importação. Outras instruções da SUMOC vieram logo em sequência da reforma, contendo medidas como a extinção do câmbio de custo; fixação de uma taxa sobre o café exportado e transferência das exportações para o mercado livre. Ainda em 61, o governo conseguiu algumas renegociações de dívidas importantes com credores europeus e norte – americanos, obtendo inclusive, além do adiamento de prazos para a quitação de dívidas anteriores, alguns novos empréstimos. Entretanto, no campo político, o governo de