Economia Brasil Imperial
Capítulo 2: A economia no Brasil imperial
As primeiras décadas do século XIX
No final do século XVIII, a agroexpotação brasileira viveu um período de expansão.
A Revolução Americana, a independência do Haiti e outros conflitos abriram o mercado externo aos produtos brasileiros.
Esse período foi chamado de “falsa euforia” porque a expansão da produção e exportação brasileiras estava vivendo uma realidade de curta duração.
Tão logo as guerras e conflitos se encerrassem e os países voltassem a colocar seus produtos no mercado, a produção brasileira teria de diminuir em razão do aumento da oferta e da diminuição da demanda. E foi isso que aconteceu.
Com a queda das exportações, o Brasil passou a viver sério problemas econômicos financeiros.
Os déficits da balança comercial se acumulavam.
O Brasil ficava cada vez mais pobre, e o governo arrecadava cada vez menos.
As possibilidades de desenvolvimento do Brasil resumiam-se na escravidão, que impedia a ampliação do mercado interno nacional.
Tratados de 1810
Portugal assinou com a Inglaterra dois tratados: um de Comercio e Navegação e outro de Aliança e Amizade, que atenderam aos interesses comerciais dos ingleses em relação ao mercado brasileiro. As cláusulas mais importantes desses tratados foram:
A definição de uma taxa alfandegaria para os produtos ingleses de 15%
A liberação do porto de Santa Catarina para navios ingleses
A garantia de imunidade aos súditos ingleses
As discussões sobre a gradual abolição do trafico negreiro
Como resultado do tratado de Comércio e Navegação, multiplicaram-se as firmas inglesas por todo o Brasil.
A movimentação comercial, que crescera com a abertura dos portos em 1808, intensificou-se ainda mais com a assinatura desses tratados.
O viajante, John Mawe, ironizou a desorganização e inutilidade da grande maioria dos produtos ingleses enviados para o Brasil.
Café e açúcar: produzidos em colônias inglesas, taxados, respectivamente, em 300% e 180%.
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