Alfabetização Ecológica e Projeto Ecológico A sustentabilidade ecológica é um elemento essencial dos valores básicos que fundamentam a mudança da globalização. Por isso, várias ONGs, institutos de pesquisa e centros de ensino pertencentes à nova sociedade civil global escolheram a sustentabilidade como o tema específico de seus esforços. Com efeito a criação de comunidades sustentáveis é o maior desafio dos nossos tempos. O conceito de sustentabilidade foi criado no começo da década de 1980 por Lester Brown, fundador do Instituto Worldwatch, que definiu a sociedade sustentável como aquela que é capaz de satisfazer suas necessidades sem comprometer as chances de sobrevivência das gerações futuras. Alguns anos depois , o relatório da Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (o famoso “Relatório de Brundtland”) usou a mesma definição para apresentar a noção de “desenvolvimento sustentável”: “A humanidade tem a capacidade de alcançar o desenvolvimento sustentável – de atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades.” Essas definições de sustentabilidade são admoestações morais de grande importância. Lembram-nos da nossa responsabilidade de deixar para os nossos filhos e netos um mundo dotado de tantas oportunidades quantas havia no mundo que nós mesmos herdamos. Entretanto, essa definição nada tem a nos dizer sobre como construir uma sociedade sustentável. É por isso que, mesmo dentro do movimento ambientalista, tem havido muita confusão sobre o sentido dessa “sustentabilidade”. A chave de uma definição operativa de sustentabilidade ecológica é a percepção de que nós não precisamos inventar comunidades humanas sustentáveis a partir do nada; podemos moldá-las segundo os ecossistemas naturais que são comunidades sustentáveis de vegetais, animais e microorganismos. Como a característica mais marcante da “casa-Terra” é a sua capacidade intrínseca de sustentar vida, uma comunidade