Ecologia da Informação
UM MODELO PARA A ECOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Uma ecologia física — a floresta amazônica, digamos — não é uma entidade isolada, com poucos componentes invariáveis. Até mesmo uma área geográfica específica costuma incluir numerosos microambientes. No ecossistema de uma floresta tropical, por exemplo, o ambiente dos topos das árvores — que é exposto ao céu aberto e inclui macacos, borboletas e pássaros — difere do mundo sombrio que se apresenta sob as folhas (serpentes, preguiças, outras espécies de macacos, de borboletas e de pássaros) e difere também do universo existente no subsolo, com suas minhocas, seu humo e outros parasitas. Esses ambientes sobrepõem-se e afetam uns aos outros, mesmo que pareçam muito distintos. Se alguém contaminar a água da floresta com selênio, por exemplo, o ambiente inteiro das árvores mudará — provavelmente para pior—, embora ninguém possa prever com certeza as conseqüências. É possível que eliminar certo número de árvores em uma área permita mais espaço para os habitantes dos topos das árvores em outra. Em qualquer ecologia informacional também existem três ambientes. Este livro concentra-se principalmente no ambiente informacional, mas este está arraigado no ambiente mais amplo que o envolve, o organizacional, e ambos são afetados pelo ambiente externo, o mercado. Na prática, esses ambientes se sobrepõem e têm limites indistintos. É por esse motivo que as iniciativas informacionais podem envolver os três, estejam os administradores cientes ou não do elo que os liga.Não há praticamente nenhuma abordagem que abranja todos os componentes da ecologia informacional — isto é, como um grupo de indivíduos em uma determinada organização e em uma determinada indústria afetada pelas tendências do mercado