ecletismo
SENTIDO DO TERMO ecletismo significa a atitude antiga de formar um todo a partir da justaposição de elementos escolhidos entre diferentes sistemas adquire um sentido particular na primeira metade do século XIX com o sistema filosófico proposto por Victor Cousin, para quem o ecletismo visava ‘distinguir entre o processo de depuração e separação pela análise e dialética, reunir as verdades de cada uma em um todo legítimo para obter uma doutrina melhor e mais ampla.
O crescimento das populações urbanas forçou o aumento da tolerância conciliatória de diferenças. As cidades eram formadas de pessoas de origens culturais diferentes. A curiosidade pelo exótico, o gosto pelas viagens a terras desconhecidas e europa por se apropriar de elementos de culturas e absorvê-los em seu sistema cultural, cada vez mais amplo e civilizado, encontraram apoio na máquina a vapor.
Já no Brasil, o Rio de Janeiro é um acúmulo de camadas históricas. A permanência e a renovação, inerentes à dinâmica da vida urbana, forçam a convivência de estilos, funções e idades das construções, o que reflete a pluralidade cultural das populações. A cidade é o produto de culturas sobre culturas e estas sobre a natureza.
Assim, a arquitetura eclética interpreta essa diversidade, possibilita uma “viagem romântica”, sonhadora e fantasista.
Eclética seria, num sentido estrito, a arquitetura que associa num mesmo edifício, referências estilísticas de diferentes origens. Entretanto, no Brasil, convencionou-se usar o termo numa acepção mais elástica para designar a produção de arquitetura inspirada pela academia após o declínio do Classicismo.
NEOCLASSICISMO E ECLETISMO
A vertente acadêmica compreendeu dois subsistemas: o neoclassicismo e o ecletismo. Uma diferença entre eles reside na escolha da