ECLETISMO NA ARQUITETURA BRASILEIRA
Luciano Patetta retrata em seu texto a crise na antiga tradição clássica e a importância da burguesia para a arquitetura do século XIX.
Para ele, a percepção de que havia uma inter-relação entre as razões ética, sociais e políticas, e de que a burguesia era sua única “freguesia”; faz interpretar o período que vai da metade do séc. XVIII até o início do XX como “único longo período”. Revela que a arquitetura devia ceder às novas exigências da produção de massa e à definição do projetista como o profissional. Esses careciam de uma formação acadêmica para ter o conhecimento necessário. O autor comenta o fato de que durante este período os arquitetos, ao construíam uma replica de algum monumento antigo, se distanciava cada vez mais do original. Criando assim, um modelo para arquitetura do século XIX; o Ecletismo. Os principais elementos desse “próprio estilo” eram:
1) Composição estilística: adoção de formas de um único estilo (neogregas, neo-gípcias, neogóticas).
2) Historicismo tipológico: um estilo para cada finalidade
A arquitetura desse período se desenvolveu durante a revolução industrial; época em que o poder da burguesia estava em ascensão. O que fez surgir à produção em série, início da industrialização da construção.
A produção industrial destruiu a tradicional relação entre utilidade e beleza, com a imposição de elementos construtivos metálicos completamente estranhos às proporções características dos estilos e das ordens arquitetônicas. Por isso, a decoração se mostrou completamente diferente da transmitida pelos tratados renascentistas e do classicismo.
Revela que as casas inglesas não conseguiram inaugurar um novo estilo arquitetônico, mas corresponderam plenamente a um novo estilo de vida; arrojado, mas principalmente voltado para o conforto.
Para ele, a burguesia exigia avanços nos serviços sanitários e nas instalações técnicas, dando preferencia assim ao conforto. Além do