Ebola
1 - O que é?
Nos últimos anos tem-se vindo a falar muito no vírus do Ébola. Para nós
Europeus, o impacto deste vírus é uma realidade que nos transcende no que diz respeito ao drama social. Os alertas têm surtido efeito, neste momento há um esforço mundial para conhecer em profundidade este vírus e encontrar uma solução para ele.
Associamos a ideia de vírus a uma qualquer partícula, entidade, subcelular que seja incapaz de, autonomamente, se reproduzir e se perpetuar. Para tal, essa entidade serve-se dos mecanismos de hospedeiros que infecta para se reproduzir.
Os vírus podem ser moléculas de DNA, RNA, retrovírus, ter cápsula e podem ou não ter envelope. O que há de comum a todos os vírus é a necessidade de um hospedeiro, sem o qual não poderão reproduzir-se.
O Ébola é um vírus a RNA. Consiste numa única molécula de RNA negativa enrolada, apresentando proteínas incorporadas responsáveis pela sua conformação.
Pode ou não apresentar envelope. Pertence à família dos Filovírus, sendo todos eles vírus a RNA.
Existem vários subtipos de Ébola sendo cada um designado de acordo com a zona geográfica onde foi identificado. A principal diferença entre os diversos subtipos parece residir no gene que codifica para uma glicoproteína, que parece responsável pela entrada do vírus nas células. Há uma tendência natural deste vírus a evoluir, formando um sem número de subtipos, pois não tem capacidade de rever as suas cópias, o que leva à existência de delecções e alterações no genoma. Até agora os vírus ébola apresentam taxas de alteração ínfimas, uma vez que tem estado restrito a áreas geográficas limitadas com pressões selectivas constantes. O vírus penetra nas células por ligação de uma glicoproteína, que existe na superfície deste, a receptores membranares celulares. Uma vez efectuada a ligação, o vírus penetra na célula passando a controlar o processo de tradução, obtendo dessa forma o necessário à sua proliferação.
2. - Como se